quinta-feira, 11 de abril de 2013

Os Teoremas No Free Lunch e as parvoíces do William Dembski

Os teoremas No Free Lunch abordam a questão do desempenho de algoritmos em média para todas as funções fitness* (fitness functions), nada dizendo sobre o desempenho de diferentes algoritmos noutros casos específicos. Dembski "utilizou-os" para poder dizer que um algoritmos evolutivos (mutações e selecção) não têm melhor desempenho que uma pesquisa aleatória. Mas ele esquece-se daquilo que eu disse antes e também de que os algoritmos evolutivos funcionam bem melhor que uma pesquisa aleatória em certos casos, tanto quando há alvos definidos (em algoritmos), como quando não há (evoluçao na vida real). E tanto trabalho teve o William Dembski para nada (além de ser gozado pelos outros matemáticos e cientistas - e até por mim). 

Mais sobre os disparates do William Dembski, sobretudo sobre a sua “lei” da conservação de CSI (a qual nunca foi provada), num artigo de 2003 por Elsberry e Shallit (
http://antievolution.org/people/wre/papers/eandsdembski.pdf) e aqui (http://pandasthumb.org/archives/2008/02/id-intelligent.html), também sobre testar a hipótese da informação existir antes da vida (mais uma idiotice do Dembski, em que ele pretende implicar que vem do deus pessoal dele). Se bem que informação é um valor de logaritmo negativo de probabilidade (Shannon), pelo que se pode dizer que até “existe” (pode ser medida) no ambiente. E a selecção natural aumenta a informação nesse sentido e mesmo em condições pre-bióticas havia selecção. No fundo o que se pretende é investigar a origem da vida, ao que parece. E sobre isso não faltam estudos. Mas quando propuseram investigar isso ao William Dembski, ele fugiu com o rabinho à seringa.

Adenda: sobre o mesmo assunto pode ser ainda consultado o artigo de 2007 de Joe Felsenstein para o National Center for science education (http://ncse.com/rncse/27/3-4/has-natural-selection-been-refuted-arguments-william-dembski

* Nota: Este conceito ficou definido anteriormente aqui no blog. 



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