Ao dedicar o livro "Deus, um Delírio" ao comediante e escritor Douglas Adams,
Dawkins cita o seguinte: "Não é suficiente ver que um jardim é bonito sem
ter que acreditar que também há fadas escondidas nele?" ("Isn't it enough to see that a garden
is beautiful without having to believe that there are fairies at the bottom of
it too?"). É a mesma coisa que dizer: Porque é que não posso
constatar que um olho é complexo sem ter que imaginar que foi criado por um
deus todo omni-coisas (e que há fantasmas no DNA…)? Poder, posso. Mas os
criacionistas acham que não devo. Para eles não se deve olhar á volta e
constatar que as flores são cor-de-rosa, que as ervas são verdes, que o céu é
azul ou que o cão cheira mal sem ter que imaginar que tudo isso foi criado pelo
deus deles (até o cão que cheira mal…). É claro que desde o cão até ás suas
bactérias intestinais, tudo resulta de um longo processo evolutivo e não da acção
de deuses, duendes, fadas ou unicórnios. E é isto que os criacionistas não
suportam e por isso têm uma enorme necessidade de contrariar a ciência, afirmando
que sempre existiram fadas escondidas no jardim.
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