Ao longo do registo fóssil é possível estabelecer-se padrões evolutivos através da anatomia comparada. Algumas formas têm características comuns a 2 tipos de animal diferentes - por exemplo, aves e répteis/ peixes e animais terrestres. Uma forma de transição não tem obrigatoriamente que ser um
ancestral directo de uma certa espécie, mas deve ser uma parente próximo do
ancestral, mostrando características intermediárias, ou seja, a prima da avó ou a tia-avó em vez
da avó. Isto porque no registo fóssil é muito improvável encontrar o que seria
exactamente o ancestral directo. Há vários fósseis que, não sendo tido como
certo serem os ancestrais de uma dada espécie ou tipo de ser vivo, podem
certamente ser incluídos nesta categoria. Fósseis de transição são muito
importantes para compreender a evolução de certas características e que ela
ocorreu. Um fóssil de transição é o Archaeopteryx,
que viveu á cerca de 145 milhões de anos e foi descoberto 2 anos depois da
publicação d’ “A Origem das Espécies” (1). Tem características intermediárias
entre dinossauros e aves e foi muito provavelmente um dos primeiros pássaros
(embora esta definição seja bastante subjectiva) (2). Algumas das suas
características são penas, asas, 3 dedos com garras e maxilar com dentes
afiados (3). É um óptimo fóssil de transição que demonstra a evolução de
características das aves a partir de dinossauros. Não consegui evitá-lo outra vez.
Cresci com os filmes do “Parque Jurássico”…
Referências:
* Nota: Para uma leitura adicional sobre formas de transição
devem ler o livro “Why Evolution is True (Jerry A. Coyne) ou a referência
número 1. Mas é melhor ler o primeiro e na íntegra.
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