domingo, 31 de março de 2013

Origem da vida: Abiogénese II


Este texto é o desenvolvimento de um texto anterior sobre os estudos do Dr. Jack W. Szostack e colegas, no qual foi também apresentado um vídeo com um resumo.
Sob certas condições de pH, ácidos gordos formam vesículas espontaneamente, permeáveis a pequenas moléculas orgânicas. A vesícula pode incorporar ácidos gordos livres. As vesículas podem tornar-se filamentosas e pode então ocorrer a divisão mecânica ou por iluminação de vesículas com hidroxipireno (1). Os polímeros orgânicos seriam capazes de se formar naturalmente (como já foi referido anteriormente noutros textos sobre o mesmo assunto), bem como os seus constituintes, nucleótidos e aminoácidos (por exemplo, na experiência de Miller). Um dos possíveis polímeros seria o DNA fosforamidato (fosforamidato: fosfato com um grupo OH substituído por um grupo NH2) (2). Teria que ter surgido, então uma molécula auto-replicadora, para mais tarde poder evoluir. É química, pura e simples. Quando a polimerização ocorre dentro da vesícula o polímero fica preso (esta é permeável a pequenas moléculas - monómeros, mas não polímeros). O aumento da temperatura pode aumentar a permeabilidade e assim que arrefecer pode ocorrer de novo polimerização. Umas vesículas podem roubar os ácidos gordos de outras e começa a competição. Além disso, replicadores mais rápidos iriam dominar a população (3,4).  

Relativamente ao complexo de tradução (ribossomas), este é constituído por mais de 50 proteínas (com 2 subunidades – maior e menor) e RNA, sendo a compreensão da sua origem muito importante. Cientistas inferiram que o centro peptidil tranferase evoluiu pela duplicação de pequenas moléculas primitivas de RNA (RNA minihélice), formando moléculas semelhantes ao nosso tRNA (5).

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