Este texto é o desenvolvimento de um texto anterior sobre os
estudos do Dr. Jack W. Szostack e colegas, no qual foi também apresentado um
vídeo com um resumo.
Sob certas condições de pH, ácidos gordos formam vesículas
espontaneamente, permeáveis a pequenas moléculas orgânicas. A vesícula pode
incorporar ácidos gordos livres. As vesículas podem tornar-se filamentosas e pode
então ocorrer a divisão mecânica ou por iluminação de vesículas com
hidroxipireno (1). Os polímeros orgânicos seriam capazes de se formar
naturalmente (como já foi referido anteriormente noutros textos sobre o mesmo
assunto), bem como os seus constituintes, nucleótidos e aminoácidos (por exemplo, na experiência de Miller). Um dos possíveis polímeros seria o DNA fosforamidato (fosforamidato:
fosfato com um grupo OH substituído por um grupo NH2) (2). Teria que ter
surgido, então uma molécula auto-replicadora, para mais tarde poder evoluir. É química, pura e simples.
Quando a polimerização ocorre dentro da vesícula o polímero fica preso (esta é
permeável a pequenas moléculas - monómeros, mas não polímeros). O aumento da
temperatura pode aumentar a permeabilidade e assim que arrefecer pode ocorrer
de novo polimerização. Umas vesículas podem roubar os ácidos gordos de outras e
começa a competição. Além disso, replicadores mais rápidos iriam dominar a
população (3,4).
Relativamente ao complexo de tradução (ribossomas), este é
constituído por mais de 50 proteínas (com 2 subunidades – maior e menor) e RNA,
sendo a compreensão da sua origem muito importante. Cientistas inferiram que o centro peptidil tranferase evoluiu
pela duplicação de pequenas moléculas primitivas de RNA (RNA minihélice), formando moléculas
semelhantes ao nosso tRNA (5).
Referências:
1. http://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/summary/summary.cgi?cid=21387&loc=ec_rcs
– estrutura do hidroxipireno
2. http://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/summary/summary.cgi?cid=211207
– estrutura do fosforamidato
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