sexta-feira, 1 de julho de 2011
Clonagem humana?
A clonagem, uma das muitas técnicas desenvolvidas com base na engenharia genética é definida pela associação médica americana como a produção de organismos genéticamente idênticos através de transferência nuclear de células corporais. Já fui a favor da clonagem humana de indivíduos completos. No entanto já nao é essa a minha posição. Apenas concordo com a clonagem terapêutica. Mas até essa tem enfrentado os entraves de uma sociedade retrógada, dominada por crendices medievais, que ainda hoje prevalecem e se opõem ao progresso.
Há quem considere a possibilidade inerente do aparecimento de um mercado negro de órgãos e fetos clonados, a fim de obter lucros. Este é um dos argumentos de quem se opõe á prática da clonagem. Mas este argumento é uma espada de 2 gumes, pois com a legalização e fiscalização desta prática o risco da clandestinidade diminui substâncialmente.
Mas o argumento predominante da "Liga Anti-clonagem" é o facto da clonagem terapêutica incluir a prática abortiva. É claro que não se trata de uma prática abortiva tardia, não sendo causado qualquer tipo de sofrimento; mas já se sabe que quem é contra a interrupção voluntária da gravidez é contra a clonagem (terapêutica). No entanto acredito que se a vida de alguém que se tivesse revelado militantemente contra a clonagem dependesse desta, a sua posição mudaria num piscar de olhos, embora possam existir casos em que o fanatismo leva a situações extremas: alguns jeovás, por exemplo, n recorrem a determinado tipo de tratamentos, pois a sua religião n o permite.
A problemática da clonagem terapêutica, dos O.G.M. e do aborto é em muito semelhante á problemática da evolução: ambas se opõem ás concepções religiosas da sociedade de a nível mundial. A teoria da evolução foi enunciada na década de 1850 por Charles Darwin, mas ainda hoje é criticada e contraposta não por argumentos científicos aceites como válidos, mas por pressupostos medievais ou por falsas analogias, inclusivamente por membros da comunidade científica. A única diferença é mesmo o nº de anos em que se tem arrastado a negação da teoria da evolução e o nº da anos em que as outras descobertas têm sido censuradas, que , na minha modesta opinião, só existe devido á disparidade temporal entre umas e outras.
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