terça-feira, 23 de julho de 2013

Evolução de cromossomas sexuais


Tal como os animais, algumas espécies de plantas evoluíram a determinação sexual por cromossomas, em vez de, por exemplo, o sexo ser controlado pela temperatura. Uma dessas espécies foi a planta Silene latifolia, que tem cromossomas sexuais bastante jovens (10 a 20 milhões de anos) em comparação com os dos mamíferos (160 milhões de anos) e bastante diferentes dos que encontramos em mamíferos, em que o X é grande e o Y é pequeno e com menos genes. Neste caso, os cromossomas têm um aspecto bastante semelhante
Bergero (et al) realizou um estudo (intitulado “Expansion of the Pseudoautosomal Region and Ongoing Recombination Suppression in the Silene latifolia Sex Chromosomes.”, publicado já em 2013), o qual tinha como alvo as regiões sexo-específicas do cromossoma e as restantes, pseudo-autossómicas (que trocam material genético com o outro cromossoma sexual ao contrário das sexo-específicas) dos cromossomas sexuais da Silene latifolia, bem como a comparação destes com a mesma região de uma espécie relacionada, mas sem cromossomas sexuais (Silene vulgaris).
Algumas das descobertas foram: que os genes homólogos aos sexo-específicos se encontram numa só localização, sugerindo que os cromossomas sexuais evoluíram a partir de algo semelhante; que na região que não é sexo-específica reside em duas regiões únicas no cromossoma homólogo ao cromossoma sexual; que a troca de genes está em prestes a parar – já se estão a acumular diferenças entre os cromossomas X e Y.

Ref.:

Genetics. 2013 Jun 7.
Expansion of the Pseudoautosomal Region and Ongoing Recombination Suppression in the Silene latifolia Sex Chromosomes.

Bergero R, Qiu S, Forrest A, Borthwick H, Charlesworth D.


(Via “Panda’s Thumb” - Young sex chromosomes are very active)

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