A definição mais
usada pelos criacionistas do design inteligente é a primeira proposta por
Michael Behe (“Darwin’s Black Box”), que é basicamente assim: um sistema
composto por várias partes que interagem e que contribuem para a sua função
básica, no qual a remoção de uma das partes faz com que o sistema deixe de
funcionar; normalmente é acrescentado pelos criacionistas (Michael Behe
incluído) que, por isso, o sistema não pode ter evoluído. Se contarmos com esta
parte que os criacionistas gostam tanto de acrescentar, nenhuma estrutura
biológica ou via bioquímica (conhecida) corresponde á descrição e (michael Behe
referia-se especificamente a estas). Mas é claro que se tirarmos esta afirmação
ridícula, é claro que há estruturas biológicas irredutivelmente complexas. Mas
a parte de não poderem evoluir é falsa. Estruturas irredutivelmente complexas,
como o flagelo bacteriano e a cascata de coagulação sanguínea podem evoluir, ao
contrário do que tentam argumentar os criacionistas. E isso, já eu demonstrei
neste blog anteriormente.
É claro que
existem homólogos de certas proteínas que são componentes da cascata de
coagulação humana que funcionam muito bem sem todos os componentes, o que nos
pode dar algumas indicações sobre sua evolução. Além disso, a definição a que
me referi primeiro, sobre as várias partes serem todas necessárias, nada diz
sobre como nada indica sobre o modo como a via ou estrutura surgiu, nada diz
sobre os seus precursores.
O debate entre
P.Z. Myers e Jerry Bergman em Novembro de 2009 na Universidade do Minesota foi
bastante elucidativo relativamente ao valor do conceito de complexidade
irredutível para os criacionistas do design inteligente, que é zero. Não
contribui em rigorosamente nada para o “debate”.
Aqui fica o vídeo
do debate (menos as introduções).
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