Foram comparadas sequências de genomas inteiros entre várias
espécies de Drosophila para determinar com que frequência novos genes aparecem
numa linhagem – D. melanogaster, a qual divergiu de D. willistoni há 35 milhões
de anos. Novos genes são os genes presentes na espécie D. melanogaster mas não
na D. willistoni. O processo que explica o seu aparecimento é (como não podia
deixar de ser) a duplicação genética e divergência. Foram identificados 566
novos genes – cerca de 4% dos genes totais da D. melanogaster, bastante dado o
tempo de divergência. No género Drosophila, pelo menos 7% do genoma é composto
de novos genes.
30% dos genes que compunham a amostra considerada (195 genes)
assumiram novas funções rapidamente, as quais fazem com que a mosca não possa
sobreviver sem elas.
Os novos genes essenciais mais jovens têm uma forte assinatura de
selecção natural (elevada taxa de substituição no DNA).
Foram estimadas quais as proteínas com que o produto de um gene
interage. Muitos dos produtos de novos genes interagem com proteínas
completamente diferentes das dos genes ancestrais – os genes adquiriram nova
função.
Referências:
Chen, S., E.
Zhang , and M. Long. 2010. New genes in Drosophila
quickly become essential. Science 330:1682-1685. (http://www.sciencemag.org/content/330/6011/1682.full)
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