Uma mutação neutra (ou aproximadamente neutra) pode ser
seguida por outra(s) e o conjunto final pode ser benéfico para o
organismo ou pode cada uma das mutações trazer algum benefício para este. É assim que a evolução ocorre, ocorre aos poucos. Mas para encaixar
nas ideias distorcidas de Michael Behe sobre “tudo ter que estar no seu devido
lugar desde o início”, a evolução tem que ocorrer por “saltinhos” em que 2 ou
mais mutações têm que ocorrer em simultâneo, com uma probabilidade super baixa.
O exemplo utilizado por Behe é o das mutações responsáveis pela resistência do
parasita da malária, o Plasmodium falciparum, á cloroquina. Este calculou um
valor probabilístico limite que corresponde á probabilidade de 2 mutações
ocorrerem em simultâneo. Para Behe mais do que 2 mutações em simultâneo é um
acontecimento impossível de acontecer aleatoriamente. E para que serve tudo isto? Para o Michael
Behe lá enfiar o unicórnio do costume (leia-se deus/designer). As suas
motivações religiosas são demasiado óbvias. E quando estas, bem como os seus
erros óbvios são referidas pelos cientistas (não os criacionistas, os normais
como Jerry Coyne e Richard Dawkins) este fica aborrecido (1). O que esperava,
um Prémio Nobel por só dizer disparates? Sorry, that’s not gonna happen. Muito
trabalho teve o Michael Behe para acabar ridicularizado. Sinceramente…
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