segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Homologia e homoplasia


Semelhanças (nas sequências de DNA e proteínas, estruturas anatómicas…) são devidas a processos evolutivos (ex.: evolução convergente, recombinação) ou ancestralidade comum. No segundo caso trata-se de homologia propriamente dita e no primeiro trata-se homoplasia. Isso pode gerar confusão.

Ao inferir ancestralidade comum, deve-se usar métodos que permitam escolher entre ancestralidade comum e evolução. E no estudo sobre a probabilidade da ancestralidade comum universal (LUCA) e nos estudos filogenéticos de um modo geral, isso verifica-se (1, 2). Por exemplo, uma estrutura homoplásica que evoluiu várias vezes foi o talo suculento dos catos (2).  

Deparando-nos com esse obstáculo (se assim se pode designar), voltar ao século XVIII (antes da Darwin), como certos criacionistas propõem (3) não é solução. A resposta não está em pôr mãos ao ar e dizer “deus fez”. Isso ainda é pior. Mesmo que a teoria da evolução não explicasse tudo, não seria certamente um livro escrito por ignorantes da idade do bronze que explicaria.  Continuar a investgar, seja em que situação for, é o procedimento correcto em ciência. E dizer “deus fez” é desistir, não é investigar. 

 

Referências:



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