segunda-feira, 12 de agosto de 2013

O que se pode observar


As evidências que apontam para a evolução são observadas pelos cientistas tanto em laboratório como no campo – por exemplo, o registo fóssil.
Quando sequenciamos uma porção de DNA estamos a observar a realidade dessa sequência no laboratório, quando comparamos duas sequências de DNA, estamos a mesma coisa, quando se analisa um fóssil, o mesmo. Todas as evidências científicas são constituídas por observações como estas. Podemos reconstruir a história evolutiva das aves, mas não temos que ver a transição de dinossauros para aves com os nossos próprios olhos. Temos os fósseis e o DNA e isso chega. Nem sequer somos obrigados a ver eventos de especiação ou partes do processo em campo ou no laboratório (embora isso já tenha acontecido), porque mais uma vez temos algo como o DNA – os padrões genéticos das várias espécies de Plasmodium, por exemplo. Em ciência, seja em que área for, o método base é sempre o mesmo: o método científico. Servimo-nos sempre das evidências - daquilo que observamos, para ver qual das hipóteses se encontra mais em concordância com estas. Por exemplo, podemos decidir se um E.T. concebeu uma pedra com inteligência ou se esta é apenas o produto de processos naturais como a sedimentação, compactação, erosão, entre outros, baseando-nos na recolha de dados da rocha e testar as previsões de cada uma das hipóteses. No entanto, não precisamos de assistir ao processo de formação da rocha para sabermos isso. É claro que quando uma hipótese não se distingue das outras, essa não interessa: por exemplo, uma hipótese que afirme que o E.T. criou a rocha como se ela tivesse surgido naturalmente.

Os cientistas aceitam a teoria da evolução, não por serem anti-religião, não porque simplesmente lhes apeteceu chatear a Igreja de Inglaterra no tempo de Darwin, mas porque as evidências apontam para essa hipótese e para nenhuma outra desde que Darwin e Wallace começaram a trabalhar nessa questão. A teoria da evolução é o melhor que temos até agora para explicar a diversidade de espécies que nos rodeia e a existência da nossa própria espécie. Isto é ponto assente. É claro que isso chateia muita gente, mas a ciência não existe para agradar a gregos nem a troianos. Não gostar do que se descobre através do método científico, em nada afecta a sua prosperidade. Desde que funcione – e sabemos que funciona (basta comparar os resultados da medicina baseada na ciência com os da homeopatia, só como exemplo) – vamos continuar assim.   

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