terça-feira, 24 de setembro de 2013

Duplicação de genes, transferência horizontal e evolução experimental

Em 2010, Michael Behe elaborou um artigo de revisão entitulado «Experimental evolution, loss-of-function mutations, and “the first rule of adaptive evolution”» (1) Acho que desta vez o Michael Behe fez um bom trabalho e mereceu a publicação do artigo e as observações positivas de um dos autores a quem este fez uma revisão do trabalho publicado. Jim Bull é autor de uma data de estudos no campo da evolução experimental. Este escreveu um comentário (*) sobre a revisão de Michael Behe, pois este tinha incluído material da sua autoria. O Dr. Bull achou também que Behe se portou bem desta vez, mas acrescenta que não seria de esperar a evolução de mais novidades do modo como os estudos eram realizados. Por exemplo, sabemos que trocas de genes entre várias espécies de bactérias são uma óptima maneira para o genoma adquirir novos genes e funções (por exemplo, multi-resistência aos antibióticos), sendo que um dos melhores meios para isso são os bacteriófagos (vírus que atacam bactérias), no entanto não houve oportunidade para isso durante as experiências que foram realizadas.
O Dr. Bull focou que um dos seus estudos no campo da evolução experimental apoia a hipótese de que uma duplicação genética pode dar origem a 2 genes diferentes devido a mutações, embora as condições que favorecem a manutenção de duas cópias submetidas a divergência evolutiva sejam delicadas. Um dos genes mantém normalmente a sua função original e o outro transforma-se num novo gene.
É claro que o campo da evolução experimental e molecular precisa de ser desenvolvido, e o artigo de revisão do Michael Behe veio alertar para isso mesmo.



Ref.:


1. «Experimental evolution, loss-of-function mutations, and “the first rule of adaptive evolution”», M. J. Behe, The Quarterly Review of Biology, December 2010, Vol. 85, No. 4 (disponível aqui: http://www.lehigh.edu/~inbios/pdf/Behe/QRB_paper.pdf)

Sem comentários:

Enviar um comentário