sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Lixo genético e deus no lixo

Lembro-me de ter esclarecido a diferença entre “Junk DNA”, ou seja, DNA lixo e “Garbage DNA”. O primeiro é alguma coisa que não é necessária, embora vá sendo guardada. Tal como o DNA lixo, deus também não é necessário para explicar nada. O que tornou deus desnecessário foi uma combinação explosiva de química, biologia e física: a teoria da evolução e a percepção de que a vida pode muito bem ter surgido naturalmente em conjunto com as teorias e descobertas recentes da física quântica, como a teoria das cordas com as suas previsões e a descoberta de que o espaço vazio está cheio de partículas virtuais. Isto não demonstra que deus não existe, pois há sempre a possibilidade de ele nos enganar para pensarmos que o universo veio do nada e que a teoria da evolução corresponde à realidade de modo a testar a fé dos humanos, visto as pessoas religiosas poderem inventar tudo e mais alguma coisa para fugirem aos testes da ciência. Isto simplesmente torna-o desnecessário como explicação para as nossas origens.
O problema para a hipótese de deus é que em ciência não guardamos lixo, mesmo que este não cheire mal. Deitamos fora.
Uma possível resposta seria que deus é necessário como explicação para a inspiração humana, para os relatos da ressurreição, a qual teria ocorrido na realidade, etc. Mas a primeira sabemos que vem das reacções químicas do nosso cérebro e a segunda muito provavelmente não ocorreu e foi baseada noutros mitos mais antigos.
Além de tudo isto, já devia estar no lixo logo na primeira fuga aos testes.

O lugar do lixo é no lixo. Obrigada. 



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