segunda-feira, 16 de julho de 2012

Ainda sobre Evolução vs Criação

Sobre o debate Evolução vs Criação, penso que já deixei bastante clara a minha posição. A Evolução é um facto cientifico irrefutável até á data e a abiogénese das primeiras formas de vida que está em concordância com a Teoria Sintética da Evolução está perto disso. Isto não é apenas a minha opinião mas algo que é aceite pela maioria dos elementos da comunidade científica.
O autor dos 2 comentários ao post sobre Evolução vs Criação respondeu a um comentário meu que focava exactamente um dos ultimos pontos desse mesmo post - o argumento de que a criação divina é aceite por muitos membros da comunidade científica, sendo que os exemplos citados não viveram além dos anos 60 de um modo geral e do que os anos 30 neste caso específico. No ultimo comentário sugeriu que eu visualizasse o seu ultimo post (disponível em:http://teologialogica.blogspot.com.br/2012/07/cientistas-favor-de-deus.html) , que era uma espécie de desafio ao meu comentário. Neste, afirma que os ateus acham todas as citações que mencionam deus ultrapassadas e, por ultimo, faz uma nova lista de citações de cientistas que supostamente aceitam/defendem cientificamente a criação divina e que viveram até á actualidade ou próximo disso. Seria uma boa resposta, no entanto, mais uma vez a escolha tanto de personalidades como de citações não foi a melhor. Ao ler a minha resposta a este ultimo talvez se torne perceptível o que quero fazer notar:
" Boa tarde...tenho umas pequenas correcções a fazer: Quando disse no meu outro comentário que os cientistas citados não viveram além dos anos 60 estava a referir-me ao que tenho observado de um modo geral, mas relativamente ao seu post, os cientistas citados não viveram além dos anos 30, se bem me recordo. Não sou ateia nem "simpatizante de ateus", sou agnóstica. Quanto a este post, penso que seria uma óptima estratégia para a defesa dos seus pontos de vista se não fosse o facto de quase metade dos peritos aqui mencionados não se referirem (directa ou indirectamente) a um deus criador, mas sim á "sugestão" ou à "aparencia" de uma superinteligencia ou à ideia de "'quase' arquitectado" ou apenas que ciencia e religião devem ser amigas (ver Sir Fred Hoyle 1915-2001, Paul Davies 1946 - dias atuais e John Polkinghorne 1930 - dias atuais). Eu não quero dizer que os cientistas não podem ter/não têm crenças ou religião apenas por serem cientistas e inteligentes, mas penso que deveria escolher melhor os exemplos com os quais quer demonstrar que o seu ponto de vista é o correcto. Gostaria ainda de opinar que o que os argumentos que utiliza neste blog sobre o assunto não demonstram que o Criacionismo é a teoria mais aceite actualmente na comunidade cientifica, apenas reflecte (ou reflectiria) a opinião (científica ou pessoal) de um número limitado de cientistas que não estão inseridos (a maioria) na área das ciencias biológicas ou afins. Você tem de aceitar que as teorias mais aceites na comunidade cientifica relativamente á formação do universo, ao aparecimento da vida na Terra e á diversidade/complexidade biológica são respectivamente a Teoria do Big Bang, a Teoria da abiogénese e a Teoria Sintética da Evolução; o que não quer dizer que não possa ter as suas crenças pessoais."
Acho que não necessito de fazer uma lista de cientistas que não achem o mito da criação divina cientificamente correcto, pois basta ter frequentado o Ensino Secundário (Médio) para tomar conhecimento de que são estas as teorias aceites por uma maioria na comunidade cientifica e as mais correctas cientificamente.
Todos têm direito ás suas crenças pessoais e não devem pretender que estas se transformem em verdades absolutas universais.
Penso que argumentar, fazendo generalizações precipitadas de casos particulares (que constituem uma minoria) não é válido, pois constitui uma falácia (no verdadeiro sentido do termo). Escolher exemplos duvidosos ou dúbios para provar que um ponto de vista está correcto não é a melhor maneira de se vencer um debate real.





O eterno debate criacionismo vs criacionismo






"People", pela ultima vez: parem de me seguir!
         

6 comentários:

  1. Uma lista completa dos que assinaram e continuam assinando a lista de dissidentes do darwinismo, com nomes e instituições as quais estão afiliados pode ser encontrada no site: http://www.dissentfromdarwin.org/about_prt.php

    Nos EUA, a revista Nature, no seu volume nº 434 de 28 de abril de 2005, publicou uma pesquisa que revela, em dados percentuais, a quantidade de pessoas adultas que acreditam que a evolução é uma teoria bem embasada cientificamente, vejamos:

    · 20% dos que têm ensino médio;
    · 32% dos que têm diploma universitário;
    · 52% dos que têm mestrado;
    · 65% dos que têm doutorado.

    Analisando a pesquisa podemos fazer alguns questionamentos. Se a evolução fosse uma teoria tão bem apoiada pela ciência, como 48% das pessoas que têm um mestrado não acreditam nela? Como explicar 35% das pessoas que têm um doutorado não apoiarem tal teoria? Podemos citar ainda que todos esses homens tiveram uma educação baseada no ensino da teoria naturalista evolucionista e sua grande maioria nunca teve contato com o ensino do criacionismo científico. O que fez esses homens duvidarem de tais ensinos? Será que podemos desprezar a opinião de 35% dos doutores dos EUA? Agora imagine como seria se a proposta criacionista fosse ensinada nas escolas de modo igual, com o mesmo espaço, qual seria o resultado dessa pesquisa? Tire suas próprias conclusões.

    O design inteligente não é religião, é uma conclusão que se chega através da observação a posteriori dos fatos, onde vários cientistas chegaram a conclusão de que há um designer no universo, isso é científico, qual Deus é o arquiteto ou quem é ele, isso é uma questão de fé!

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  2. O patologista e professor da Universidade Autônoma de Guadalajara, Raul Leguizamon, M.D., resumiu em suas palavras o porquê do número crescente de cientistas que têm abandonado a posição naturalista darwinista:

    "Eu assinei a declaração de Dissidência Científica do Darwinismo por estar totalmente convencido da falta de verdadeira evidência científica em favor do dogma darwniano"

    "O darwinismo é uma trivial idéia de que foi elevado ao status da teoria científica que governa a biologia moderna ", diz dissidência lista signatário Dr. Michael Egnor. Egnor é professor de neurocirurgia e pediatria na Universidade Estadual de Nova York, Stony Brook e um neurocirurgião premiado nomeado um dos melhores médicos de Nova York pela New York Magazine.


    "Darwinismo era uma ideia interessante no século 19, quando explicações acenos deu uma plausível, se não for devidamente científico-quadro, em que poderia caber fatos biológicos. No entanto, o que aprendemos desde os dias de Darwin lança dúvidas sobre a capacidade da seleção natural para criar sistemas biológicos complexos - e ainda temos pouco mais de acenos como um argumento a seu favor ".

    Professor Colin Reeves, Departamento de Ciências Matemáticas Coventry University


    Fonte: www.discovery.org/scripts/viewDB/index.php?command=view&id=2732 (janeiro de 2007)

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  3. Você pode encontrar também uma relação de médicos que declararam publicamente sua dissenção do darwinismo nesse site:
    http://www.pssiinternational.com/

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    1. Não atravessaram o mar vermelho, mas sim o mar dos juncos cuja maré é por vezes tão baixa que é possível a travessia. Todo o equivoco perceptivel deveu-se a um erro de tradução que já se encontra actualmente desmistificado - atente neste site: http://www.espirito.org.br/portal/artigos/paulosns/mar-vermelho.html

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    2. Em resposta aos seus 3 ultimos comentários:
      1. É de notar que nas estatísticas que me enviou não consta o tamanho da amostra nem o seu contexto geográfico e político, bem como a área (científica ou não) a que pertencem o inquirido - por exemplo, a uma pessoa da área da gestão, da economia ou das línguas pouco interessa a Teoria da Evolução.

      2. O documento citado é denominado Dissidencia cientifica do Darwinismo, certo? Só pela palavra dissidência se verifica que não é a decisão científica da maioria.

      3. O facto de não se estar de acordo com a Teoria Sintética da Evolução não significa que se esteja obrigatóriamente a defender qualquer outra teoria específica ou o Criacionismo científico ou mesmo o Design inteligente - existem outras teorias (Ex.: Panspermia e outras suas derivadas).

      4. Criacionismo Científico (Teoria que parece querer defender no seu Blog) não é o mesmo que Design inteligente: O primeiro refere-se á teoria de que Os factos são os relatados no livro Génesis (excepto a idade da Terra) e de que estes podem ser apoiados por factos científicos (sendo aceite a microevolução por alguns proponentes); O D.I. aceita a microevolução e baseia-se na complexidade irredutivel - princípio que afirma que algumas estruturas biológicas são demasiado complexas para terem evoluido gradualmente, sendo assim produto de um design inteligente.

      5. Que a Teoria do Design Inteligente é uma teoria científica (ao contrário do criacionismo), mesmo não sendo aceite pela maioria dos cientistas, não nego, mas foi considerada inapta para ser leccionada nas escolas, pois foi demonstrado em tribunal (Caso Dover) que os livros de estudo disponíveis nãos eram imparciais, expondo a teoria como um facto já comprovado e que numa versão anterior do mesmo este referia-se á teoria em termos religiosos ( "'C'Inteligent Design" - o C poderia significar criacionismo ou mesmo criação divina).

      6. Os proponentes do Design inteligente têm sido exageradamente agressivos para com a Teoria sintética da Evolução (excepto no campo da microevolução) relativamente ao que a siuação proporciona - o que pode significar certos tipos de manipulação como plano de fundo (ver o meu post sobre Michael Behe).
      Aconselho a visualização do meu ultimo post: Evolução vs Criação II (http://allthatmattersmaddy32.blogspot.pt/), que penso que diz quase tudo o que há para dizer…
      Espero que tenha sido esclarecedor. Cumprimentos.

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    3. Quanto aos argumentos do tópico um, são realmente muito bons, embora vc não possa afirma com certeza que os mesmos não eram de áreas científicas afim ao assunto, então nesse caso ficamos no 0x0.

      Quanto ao tópico 02 e 03, concordo que seja verdade, mas a dissidência do darwinismo conta pontos para os adversários (ideologicamente falando)embora você possa observar no mesmo site o depoimento dos cientistas a respeito.

      No ponto 04 e 05 você está confundindo criacionismo científico com criacionismo religioso, o criacionismo religioso defende o gênesis bíblico, o científico defende um criador intencional e pode ser dividido em Criacionismo da Terra Jovem, Longas Eras e Terra Velha, isso baseado em evidências científicas.
      O design inteligente tem como força motora a informação e sua complexidade, no caso o design estaria presente nas informações do DNA por exemplo, a maioria dos livros sobre o assunto não trazem distinção entre criacionismo científico e design inteligente, outros acham que o criacionismo científico se baseia no design inteligente e por aí vai, a diferenciação entre dois é muito tênue não podendo afirmar com certeza que um não é outro.
      O termo design inteligente tem sido mais usado por ser uma expressão de melhor aceitação na comunidade de científica pois o termo criacionismo nos remete ao religioso, pelo seu uso comum entre teólogos, mas com outro sentido.

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