quinta-feira, 26 de julho de 2012

Dissecando as Evidências do Darwinismo I


Este post (e os seguintes sobre o mesmo tema) não pretende expressar a minha opinião, apenas expor os factos e evidencias, conclusões e conjecturas de cientistas da Biologia, Genética, Bioquímica e afins, publicados em artigos diversos e obras completas. No fim da abordagem deste tema, publicarei uma lista de referências bibliográficas para que todos as possam consultar.

O que diz a teoria sintética da evolução?

Talvez tenha começado mal a abordagem à principal temática do blog.

O que é que a Teoria sintética da evolução afirma de facto?

A vida na Terra evoluiu gradualmente, tendo começado no planeta por uma espécie primitiva – começando com uma molécula auto-replicadora, que viveu há mais de 3,5 mil milhões de anos. A espécie ramificou-se ao longo do tempo, originando muitas espécies novas e diversas e o mecanismo para a maioria (e não para todas) das mudanças evolutivas é a selecção natural. Simplificando: evolução, gradualismo (são necessárias várias gerações), especiação, ancestralidade comum, selecção natural e mecanismos não selectivos.

O facto “evolução”: as espécies sofrem mudanças genéticas ao longo do tempo – ao longo de muitas gerações estas evoluem para outras diferentes, cujas diferenças são baseadas em alterações do DNA que originam mutações. A teoria não pressupõe que tenham de evoluir em larga escala nem todas com velocidades semelhantes.



Quais são as evidências da evolução? Na realidade novas evidências da evolução vão surgindo ao longo do tempo, mas algumas podem ser conferidas neste post, mas para já algumas explicações:



Evolução: ao longo de muitas gerações as espécies evoluem para outras diferentes, cujas diferenças são baseadas em alterações do DNA que originam mutações. A teoria não pressupõe que tenham de evoluir em larga escala nem em períodos de tempo semelhantes.

 Em termos de predições deveríamos encontrar casos de especiação, para além dos parentescos definidos pelas análises de DNA.

Além destas predições, a Teoria Sintética da Evolução poderia ser também apoiada por factos que só fariam sentido se as afirmações da teoria sintética da evolução fizessem sentido, os quais incluem os padrões de distribuição geográfica das espécies no planeta, a lei da biogenética e a existência de características vestigiais, como crianças humanas nascerem com caudas vestigiais – atavismos, isto é, reaparecimento de características ancestrais e corações com características de corações de répteis – também atavismos.

Houve um caso (publicado por Ishmeet Walia, MD, Harvinder S. Arora, MD, et al) no qual a angiografia coronária mostrou que o paciente tinha um miocárdio não compactado, juntamente com múltiplas fístulas coronárias que escoavam o sangue das artérias coronárias direita e esquerda para a cavidade do ventrículo esquerdo. Ao apresentar comunicações directas com a cavidade ventricular, o coração possuía características de um coração de réptil. Segundo as predições evolutivas, os mamíferos têm um ancestral comum com os répteis, então, aqui fica mais uma evidência. A explicação evolutiva – e a mais simples, é que ocorre re-expressão de genes inactivos, que teriam sido funcionais num ancestral comum, mas que por selecção natural deixaram de ser transcritos, sendo esperado encontrar nos genomas de muitas espécies genes como estes. Pode-se verificar que mutações mudaram o gene, de modo a que este não produza proteínas úteis ou se regiões de controlo foram inactivadas. Isto foi verificado, encontrando-se mesmo DNA de outras espécies – vírus, mais especificamente retrovirus, os quais inserem o seu material genético no genoma do hospedeiro, através de um mecanismo complexo, no qual é de salientar a acção da transcriptase reversa.

 Os ratos têm um grande número de genes que “controlam” o aparelho olfactivo activos, que podem ter sofrido duplicação ao longo de gerações, ao contrário de outras espécies que não tiram tanta vantagem dessa característica – como o Homo Sapiens Sapiens.
  

Relativamente á ancestralidade comum, significa que podemos encontrar linhagens usando sequencias de DNA e/ou fosseis. A classificação natural (de Lineu) é por si só uma evidência, pois é baseada no pressuposto racional de que organismos com características semelhantes também têm genes semelhantes e por estão mais relacionados em termos filogenéticos. Actualmente os genes podem ser comparados directamente, como já foi demonstrado – sequenciação de DNA de várias espécies e medição das semelhanças, de modo a reconstruir as suas relações evolutivas. Estas não têm demonstrado grandes alterações no que se pressupunha pelas características orgânicas. Podemos agrupar os repteis e as aves (baseado na análise sequencial de DNA).

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