O “crocopato” é um animal imaginário
metade pato, metade crocodilo, tendo sido apontado como o fóssil que os
cientistas deviam ter descoberto para evidênciar a Evolução. É claro que tal
coisa não é necessária e a ideia resulta da interpretação errónea de que devem
existir intermediários evolutivos tipo quimeras entre 2 espécies actuais. Tem sido utilizado
para designar interpretações erróneas da Teoria da Evolução. Daí o título.
Aqui, vai ser utilizado para designar não só versões espantalho da teoria da
evolução, como também outras más interpretações relacionadas com o assunto.
Como sub-categoria do
“Crocopato” Dourado, existe o “Crocopato” Pigmeu. O primeiro será atribuído a
cientistas e filósofos conhecidos e o segundo a bloggers, comentadores, entre
outros.
Aqui ficam as listas de
nomeados:
- “Crocopato” Dourado:
William
Dembski: CSI no Flagelo bacteriano – calculou a probabilidade de um flagelo
bacteriano, partindo do pressuposto não demonstrado de que este não pode ter evoluído
por mutações e selecção natural, “No Free Lunch”, 2002
Michael Behe: Cálculo
probabilístico do aparecimento de mutações em simultâneo, de modo a demonstrar
os limites da evolução, “Edge of Evolution”, 2007
Gauger (e Axe):
Constatou a dificuldade de uma proteína evoluir para outra proteína, sua
“prima”, de modo a demonstrar limites na evolução de proteínas “The
Evolutionary Accessibility of New Enzymes Functions: A Case Study from the
Biotin Pathway”, 2011
David K.Y. Chiu
(e Kirk K. Durston): A mesma coisa que o anterior, “A Functional Entropy Model for Biological Sequences”, 2005
Axe: Escolha de uma variante da TEM-1 penicilinase particularmente
difícil de evoluir (baixa actividade, sensibilidade á temperatura) de modo a
demonstrar limites na evolução de proteínas “Estimating the Prevalence
of Protein Sequences Adopting Functional Enzyme Folds”, 2004
Michael Behe (e
Snoke): Avaliar a capacidade dos mecanismos evolutivos darwinistas na evolução
por duplicação, utilizando um modelo não darwinista, “Simulating evolution by
gene duplication of protein features that require multiple amino acid
residues”, 2004
William Lane
Craig: referência a um valor probabilístico do aparecimento espontâneo do
genoma humano, para argumentar que a evolução foi obra do seu deus num debate
com o falecido Christopher Hitchens.
- “Crocopato”
Pigmeu:
“Lucas”/ “Mats”
(autor do blog “Darwinismo” e comentador deste blog): Insistiu que eu afirmei
que os únicos céticos da teoria da evolução eram religiosos, quando eu não
afirmei tal coisa. De seguida referenciou alguns filósofos não-religiosos
céticos da mesma e disse que eram cientistas.
Daniel Ruy
Pereira (autor do blog “Considere a Possibilidade”): Diz que especiação e
divergência não contam como evolução.
Christine O’Donnell
(E.U.A): Pensa que a Teoria da Evolução afirma que somos descendentes dos
macacos actuais e que estes deviam continuar a evoluir para seres humanos
Francisco
Tourinho (autor do blog “Reflexões sobre a origem da vida” e comentador deste
blog): Insistiu durante muito tempo que a Teoria da Evolução afirma que a
diversidade biológica é fruto do acaso.
De seguida
apresento 2 finalistas de cada lista para votação:
- “Crocopato”
Dourado:
* Gauger (e
Axe), 2011
* Michael Behe,
2007
- “Crocopato”
Pigmeu:
* Daniel Ruy
Pereira (autor do blog “Considere a Possibilidade”)
* “Lucas”/
“Mats” (autor do blog “Darwinismo” e comentador deste blog)
Não se
esqueçam de votar nos vossos “crocopatos” preferidos. Não custa nada e seria
divertido ver os resultados. Quem tiver sugestões para finalistas diferentes
destas também pode deixá-las na caixa de comentários. Seria ainda melhor. Quem quiser votar apenas numa
das categorias (“Pigmeu” ou “Dourado”) pode fazê-lo.
*Nota: Resolvi que não iria esperar pelas votações e que iria escolher os vencedores hoje (23-1-2013). As votações estão encerradas. Aproveito também para clarificar que Michael Behe (e Snoke) , 2004 está na lista por utilizar um modelo em que as mutações são deletérias e não neutras, de modo a dar a entender que os processos Darwinistas não são capazes de explicar emergência de certas estruturas.