Pois
é… O William Lane Craig farta-se de escrever afirmando que não há bons
argumentos a favor do ateísmo e que não se pode invocar a falta de
evidências da existência de deus para concluir que ele não existe porque esta
só seria importante se, da entidade
que se afirma existir, seria de esperar mais evidências do que as de que se
dispõe. Segundo o filósofo (?) cabe ao ateu demonstrar que se Deus existisse
forneceria mais evidências da sua existência do que aqueles dos quais se dispõe.
William Lane Craig não
apresenta nenhuma evidência da existência de deus. Por razões óbvias o
argumento teleológico não é sustentável á luz da ciência moderna (sintonia do
universo para a morte, seres vivos com características que apoiam uma origem
natural, através de processos evolutivos), o que tem implicações relativamente
ao facto de deus ser a causa do universo (argumentos cosmológicos). Quanto aos
outros, dependem de pressupostos muito subjectivos e sem qualquer base
empírica, como os atributos de deus, a crença na ressurreição e deus como a
melhor explicação para uma moral objectiva. Ou seja, talvez não seja de esperar
do deus do Craig que não haja mais evidências da sua existência do as que se
tem, ou seja, do que zero (0). Isso é basicamente o que se devia esperar de um
unicórnio, uma fada, um duende ou qualquer outro deus, ou seja, de coisas que
não existem. Se não podemos/ não devemos esperar mais do que isso concluímos
que não existe. De outro modo, os argumentos a favor do ateísmo seriam
relevantes e chegaríamos á mesma conclusão: descrença por falta de evidências.
E sim, de facto de algo que existe espera-se mais evidências do que zero
(0).
Referências:
«Críticas
Teístas ao Ateísmo» de W. Craig in: Um Mundo sem Deus. Ensaios sobre o
Ateísmo, dir. Michael Martin, Edições 70.
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