Os bioquimicos, biólogos moleculares e afins são bastante comodistas. Normalmente representamos as sequências de DNA com as letras ACTG (e U em vez de T no caso do RNA). O problema com isto é que há criacionistas que acham que isto é uma boa representação da realidade, pois na sua opinião dá fundamento á sua ideia de que o código genético é um código convencionado (como 1 corresponde a um). Não podiam estar mais enganados. Há uns tempos insisti com o criacionista (como de costume, o Jónatas Machado) para que representasse uma molécula de DNA (ou RNA, á escolha) com sequência ao critério e um péptido. Este referênciou em resposta vários esquemas que usam essa representação cómoda e simplista com letrinhas e disse que era escusado, pois essa sim, era uma óptima representação. Então eu especifiquei o tipo de representação (com a composição quimica, as ligações, tudo como deve ser). O Jónatas Machado continuou a insistir. Mas não há mesmo nada nem ninguém que meta juízo na cabeça de um criacionista? Acho que não.
Outra situação "traumatizante" é os erros gramaticais perpetuados pelos criacionistas e, pior ainda, o facto destes quererem que outras pessoas façam o mesmo. Voltei a fazer uma visita ao blog criacionista "Darwinismo" e lá estava o mesmo aviso numa resposta a um comentário: "Deus" (sic) deveria ser escrito escrito com letra maiúscula. Não resisti a enviar um comentário a dizer que era errado. Provavelmente este não será publicado, mas ainda assim não resisti.
Ás vezes os criacionistas dizem (e fazem) tanto disparate que de certo conseguem fazer perder a cabeça ao menino Jesus. Acho que tenho que passar a ser mais "Zen" e não atribuir tanta importância a estas parvoíces.
Essa do Deus com "d" maiúsculo, tenho que concordar com vc, foi demais! Até deixei de ler o blog depois dessa!
ResponderEliminarPergunto, vc tem algum artigo científico que mostre alguma pesquisa em que foram observados, através da seleção natural, a mudança de uma espécie para outra? Sempre vejo o pessoal falar que os artigos apenas demonstram microevolução, variação dentro de uma mesma espécie, mas não a macroevolução, mudança de espécie!
Eu não tenho muito conhecimento na área e acho que vc seria alguém imparcial para me falar sobre isso. No aguardo da resposta, obrigado.
Essa do Deus com "d" maiúsculo, tenho que concordar com vc, foi demais! Até deixei de ler o blog depois dessa!
ResponderEliminarPergunto, vc tem algum artigo científico que mostre alguma pesquisa em que foram observados, através da seleção natural, a mudança de uma espécie para outra? Sempre vejo o pessoal falar que os artigos apenas demonstram microevolução, variação dentro de uma mesma espécie, mas não a macroevolução, mudança de espécie!
Eu não tenho muito conhecimento na área e acho que vc seria alguém imparcial para me falar sobre isso. No aguardo da resposta, obrigado.
Só para esclarecer, mudar para uma espécie diferente, por exemplo um réptil que se transformou em ave, ou um anfíbio e que passou a ser réptil, só como exemplo.
"por exemplo um réptil que se transformou em ave, ou um anfíbio e que passou a ser réptil, só como exemplo."
ResponderEliminarNão. O facto de não conseguirmos observar uma transição de reptil para ave é devido ao facto da evolução ser gradual (problemático para a teoria da evolução seria se conseguíssemos). Também tenho que relembrar que repteis não deram origem a aves, mas sim um ancestral comum. As evidências que existem são baseadas na homologia (sobretudo a que se observa a nível genético). São calculadas (estatísticamente) árvores filogenéticas com base nisso. Mas isto não é apenas mudar para uma espécie diferente, mas sim para uma classe diferente. Partes do processo de especiação têm sido observadas, até mesmo com muita dificuldade nos cruzamentos (fungos, em laboratório). Existem ainda os exemplos (ainda em estudo) das espécies em anel que apontam para especiação parapátrica ou alopátrica com formação de híbridos numa fase anterior do processo de divergência - de um modo simplista (http://allthatmattersmaddy32.blogspot.com/2012/12/especies-em-anel-revisitadas.html).
Para ver um estudo sobre especiação de fungos: http://www.biomedcentral.com/1471-2148/8/35
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