Deve-se primeiro que tudo atentar no facto de ser possível construir árvores
filogenéticas com base nas homologias, demonstrando relações entre espécies que
estão longe de pertencer ao mesmo "género" - por exemplo, aves e répteis. E as
árvores filogenéticas não são "desenhadas" pelos cientistas, são determinadas
por testes estatísticos, que um programa por vezes demora dias a realizar (por vezes os computadores nem aguentam).
As homologias são bons indicadores de ancestralidade comum, sobretudo quando falamos de homologia genética ou ortologia. Por exemplo, os genes da hemoglobina de chimpanzés, bonobos e golfinhos são ortólogos pois descendem de um gene ancestral e divergiram porque a população ancestral se
dividiu em linhagens diferentes, cada uma acumulando diferentes mutaçõe (já os genes da hemoglobina e da mioglobina são parólogos: a duplicação genética formou diferentes linhagens de descendentes do mesmo
gene ancestral que persistiram numa mesma linhagem).
Devem ser consideradas também as homologias entre genomas - por exemplo o genoma do humano e do chimpanzé partilha na região codificante cerca de 98% com o do humano.
Sem comentários:
Enviar um comentário