Adaptação de
genomas:
Um
objectivo importante
na biologia evolutiva é entender as origens e destinos de
mutações adaptativas. A selecção
natural pode agir para aumentar a
frequência de mutações novas benéficas,
ou daquelas já presentes na população
(variação genética). Estas mutações benéficas podem finalmente alcançar a fixação numa
população, ou podem parar de
aumentar em frequência uma vez que um determinado estado fenotípico foi alcançado.
Até
à data, apenas algumas experiências sobre evolução
para as quais os dados de todo o
genoma estão disponíveis foram realizadas. Uma revisão descreve os resultados das
populações estudadas em laboratório com e sem recombinação sexual. Em
sistemas assexuadas, os resultados até à data sugerem que a fixação, completa destas
mutações nem sempre é observada. Em
sistemas sexuais, nos exemplos
(reconhecidamente poucos) tem-se que a fixação
completa também nem sempre é observada.
Comentário:
A ciência vai-se desenvolvendo num processo incremental (como a própria
evolução biológica). Compreender o equilíbrio dinâmico da genética de
populações é algo a que os cientistas se dedicam desde que passaram a ver a
evolução como um fenómeno populacional.
Origem
da cooperação entre as moléculas da vida:
De
acordo com um estudo recente, em virtude das propriedades
únicas do fulereno, uma grande
molécula de carbono ultra-robusta
foi o primeiro progenitor da vida. Seria um
modelo biológico estável em que as pequenas moléculas espontaneamente se organizaram e, em
seguida, por montagem
adicional, formaram um manto de superfície de moléculas de maior
dimensão. As moléculas seriam capazes de responder a
pressões selectivas. Por exemplo, as linhas com camadas de nucleótidos e de péptidos são concebidos como precursores primordiais do ribossoma. Além disso, a
evolução paralela independente e interdependente
seria mais rápido do que o desenvolvimento
sequencial, não havendo precedência de DNA ou RNA, e explica-se a evolução da integração das duas subunidades com diferentes estruturas e funções em ribossomas e da natureza dos codãos. Este conceito sugere também um veículo potencial para a terapêutica, biotecnologia e da
engenharia genética (psst! Criacionistas, quem disse que
os estudos sobre evolução eram inúteis?)
Comentário:
Algumas descobertas já podiam ser previstas (de uma forma hipotética) pelos
cientistas Um bom exemplo disso é a hipótese de Lamarck sobre a herança de
características adquiridas e as hipóteses formuladas por Charles Darwin e
outros sobre a origem química da vida - «life could have sprung from a "warm little pond"
rich in “nutrients”», a qual se assemelha (de grosso modo) ás hipóteses actuais
sobre a origem da vida – Qualquer meio (ou mesmo, como Darwin afirmava, “uma
pequena poça” - http://news.nationalgeographic.com/news/2012/02/120213-first-life-land-mud-darwin-evolution-animals-science/)
rico em compostos químicos capazes de originar vida. É claro que várias
hipóteses têm sido propostas e ainda hoje não existe ainda um consenso sobre
qual a que melhor se adequa ás observações, quer em termos da localização
espacial, quer em termos de quais teriam sido as primeiras moléculas (ou
conjuntos de moléculas). Mas é notável que na sua época (marcada pelo
fundamentalismo religioso generalizado) Darwin tenha formulado uma hipótese
centrada nas interacções entre os materiais existentes na natureza e não em
deuses, fadas, duendes ou quaisquer outros seres derivados da imaginação de
camponeses da idade do bronze ou da idade média.
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