O girassol (Helianthus annuus) é uma inflorescência,
ou seja, é constituído por mais do que uma flor, mas funciona como um todo e
parece que é apenas uma. É constituído por flores estéreis na parte mais
exterior e no interior por flores hermafroditas. Estas últimas desenvolvem-se
de baixo para cima, organizadas de acordo com a famosa sequência Fibonacci. Em
termos selectivos, um cenário possível é que este padrão permite conter muitas
flores em menos espaço (a organização mais eficiente) (1), o que pode trazer
obviamente alguma vantagem selectiva, contribuindo para aumentar o sucesso
reprodutivo.
Ao nível dos genes envolvidos
na evolução do padrão do girassol, o gene HaCYC2c, do tipo CYC (classe TCP de
factores de transcrição) é importante no desenvolvimento da simetria floral. A
perda de função desse gene vai também permitir que as flores estéreis passem a
hermafroditas (2, 3). Como nos animais, os genes envolvidos em mudanças na
simetria e planos corporais são factores de transcrição envolvidos no
desenvolvimento.
Isto é péssimo para os
criacionistas que pensam que o fenómeno das sequências Fibonacci é devido á
vontade do seu deus particular.
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