O artigo de William DeJong e Hans
Degens, “The Evolutionary Dynamics of Digital and Nucleotide Codes: A Mutation
Protection Perspective” (1) (o qual os criacionistas adoram citar) faz uma
grande confusão ao sugerir que os mecanismos de protecção contra as mutações
presentes nas células constituem um problema para a teoria da evolução,
parecendo querer dizer que o que este mecanismo permite em termos evolutivos é
muito restritivo, tendo que ser desligado ou ficar disfuncional, mas que por
outro lado a evolução deste traria vantagem. É que isso não é bem assim. Na
vida real em certas ocasiões os danos no DNA não são reparados (com o mecanismo
a funcionar normalmente), o que leva ao aparecimento de muitas mutações neutras
(ou pelo menos próximas disso), que são uma maioria, poucas vantajosas e
algumas prejudiciais. E assim, podemos determinar a taxa de mutações, por
exemplo contando as mutações que ocorreram entre gerações. Estas mutações são
uma mais valia para a evolução, que parece funcionar muito bem (reparem nas
experiências de Richard Lenski). Portanto, se eu tivesse que classificar este
artigo numa escala de 0 a 10 eu atribuía-lhe um 2. Está muito desligado da
realidade biológica.
Nota: Chamo a atenção para o facto do artigo de William DeJong e Hans Degens não apoiar o design inteligente.
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