terça-feira, 2 de julho de 2013

Evolução e saúde IV (a teoria da evolução não é inútil!)

Numa visita ao "Panda's Thumb", li um texto que me lembrou (isso já tinha sido abordado nas minhas aulas de biologia celular) mais uma utilidade da teoria da evolução no campo da investigação médica.
Muitas vezes estudam-se utilizam-se produtos da evolução que tem uma origem comum com os dos humanos. Um dos animais mais utilizados para ensaios laboratoriais é o rato. A razão pela qual se utilizam os ratos no estudo de doenças humanas e tratamentos para doenças humanas é que por causa da ancestralidade comum o corpo de um rato e o seu conjunto de genes é semelhante o suficiente ao corpo e conjunto de genes do humano, de um modo que o faz desenvolver patologias semelhantes e responder de um modo semelhante aos tratamentos médicos. 
Outras semelhanças que podem ser aproveitadas para ensaios laboratoriais são o resultado de evolução convergente como, por exemplo, os olhos humanos e os olhos da lula, que desenvolvem os mesmos defeitos que os dos humanos, como a miopia (*).
A teoria da evolução é de facto muito útil para qualquer investigador da área da saúde, a vários níveis. Muita  gente ignora a importância da teoria da evolução (e não me estou apenas a referir a criacionistas), o que é lamentável. 

(*) Nota: nesta entrevista (http://vimeo.com/67390729) o optometrista Philip Turnbull explica como a evolução convergente do olho humano e da lula pode ajudar os cientistas a entender os problemas visuais humanos.  

Adenda a "Evolução e saúde II"

"A variação decorrente de mutações nos vírus é tida em conta relativamente à vacinação e à administração de fármacos anti-virais." - É verdade que a teoria da evolução não ajuda a prever que tipo de vacinas e fármacos devemos desenvolver num futuro face à evolução dos agentes etiológicos, mas contamos com essa evolução, estamos à espera dela e monitorizamos a situação. 

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