Homologia é a semelhança
detalhada da organização funcionalmente desnecessária, ou seja a semelhança é
desnecessária. Existem vários níveis de homologia, além do morfológico: o genético,
o embriológico e o bioquímico.O que pode ser homólogo num desses níveis não é
obrigatoriamente homólogo noutro. A semelhança funcional é denominada
homoplasia ou analogia. No caso da homologia, como a da proteína citocromo c de
humanos e chimpanzés (que ironia! - a propósito das conclusões erradas de Michael Denton) não há nenhuma razão a priori porque cada organismo
deve ter as mesmas sequências ou semelhantes, excepto devido á ancestralidade
comum.
Para que duas estruturas morfológicas tenham uma confirmação de que são homólogas existem diferentes critérios e o mais antigo é o anatómico: verifica se as estruturas compartilham uma mesma posição, relativa às demais estruturas tais como nervos, vasos sanguíneos e ossos e as relações de funcionalidade. Biólogos mais antigos só dispunham do critério anatómico. É aí que entra a biologia do desenvolvimento na detecção de estruturas homólogas, seja através da embriologia, seja através da genética molecular.
Não é obrigatório saber os detalhes da ligação entre homologias e bioquímica, porque embora o mesmo DNA produza morfologia e a funções similares, o inverso não é verdadeiro. Análogamente, não há nenhuma razão suspeitar que os programas de computador similares estão escritos com código similar, baseado unicamente na função do programa.
Com os avanços dos estudos em genética molecular podemos ver mais claramente o que é homologia e o que não é. E é onde se torna necessário distinguir a homologia molecular (chamada ortologia) da homologia morfológica. Duas sequências de DNA podem ser ortólogas e isso sugere ancestralidade comum, mas isso não garante existência de estruturas homólogas. Quando há duas estruturas morfológicas homólogas (definidas pelo critério anatómico) e há sequências homólogas grandes de DNA que as codificam, elas são confiáveis como mecanismo de confirmação de homologias. Elas são menos confiáveis para sequências pequenas e estruturas mais simples. Entretanto, não existe uma correlação necessária entre homologia e ortologia. Durante a evolução, genes podem adquirir novos papéis em novas estruturas e até mudar de locus - casos onde a homologias estruturais foram preservadas por longo período de tempo, enquanto as homologias das sequências de DNA foram destruídas e vice versa. Isso ocorre porque há uma grande quantidade de DNA que nunca é transcrita, ou a sua transcrição não produz efeito no fenótipo. Em segundo lugar, existem genes reguladores que modificam mecanismos de desenvolvimento inteiros que produzem efeitos morfológicos dramáticos, o que também faz com que não exista uma correlação necessária entre ortologia molecular e homologias morfológicas. Em terceiro lugar, a mudança morfológica raramente envolve a evolução de proteínas e enzimas inteiramente novas, mas consiste de mudanças na organização espacial de tipos celulares que está em desenvolvimento, no tempo durante o qual o tecido e os tipos celulares e tecidos se diferenciam ou na forma geométrica dos órgãos.
Para que duas estruturas morfológicas tenham uma confirmação de que são homólogas existem diferentes critérios e o mais antigo é o anatómico: verifica se as estruturas compartilham uma mesma posição, relativa às demais estruturas tais como nervos, vasos sanguíneos e ossos e as relações de funcionalidade. Biólogos mais antigos só dispunham do critério anatómico. É aí que entra a biologia do desenvolvimento na detecção de estruturas homólogas, seja através da embriologia, seja através da genética molecular.
Não é obrigatório saber os detalhes da ligação entre homologias e bioquímica, porque embora o mesmo DNA produza morfologia e a funções similares, o inverso não é verdadeiro. Análogamente, não há nenhuma razão suspeitar que os programas de computador similares estão escritos com código similar, baseado unicamente na função do programa.
Com os avanços dos estudos em genética molecular podemos ver mais claramente o que é homologia e o que não é. E é onde se torna necessário distinguir a homologia molecular (chamada ortologia) da homologia morfológica. Duas sequências de DNA podem ser ortólogas e isso sugere ancestralidade comum, mas isso não garante existência de estruturas homólogas. Quando há duas estruturas morfológicas homólogas (definidas pelo critério anatómico) e há sequências homólogas grandes de DNA que as codificam, elas são confiáveis como mecanismo de confirmação de homologias. Elas são menos confiáveis para sequências pequenas e estruturas mais simples. Entretanto, não existe uma correlação necessária entre homologia e ortologia. Durante a evolução, genes podem adquirir novos papéis em novas estruturas e até mudar de locus - casos onde a homologias estruturais foram preservadas por longo período de tempo, enquanto as homologias das sequências de DNA foram destruídas e vice versa. Isso ocorre porque há uma grande quantidade de DNA que nunca é transcrita, ou a sua transcrição não produz efeito no fenótipo. Em segundo lugar, existem genes reguladores que modificam mecanismos de desenvolvimento inteiros que produzem efeitos morfológicos dramáticos, o que também faz com que não exista uma correlação necessária entre ortologia molecular e homologias morfológicas. Em terceiro lugar, a mudança morfológica raramente envolve a evolução de proteínas e enzimas inteiramente novas, mas consiste de mudanças na organização espacial de tipos celulares que está em desenvolvimento, no tempo durante o qual o tecido e os tipos celulares e tecidos se diferenciam ou na forma geométrica dos órgãos.
De acordo com S. B. Carrol: “…there
is adequate basis to conclude that the evolution of anatomy occurs primarily
through changes in regulatory sequences.” – a duplicação (de genes não regulatórios) tem o seu papel na
explicação da evolução a nível da genética molecular, sendo no entanto
insuficiente para explicar a evolução anatómica, daí recorre-se ao estudo da
evolução de sequencias reguladoras."
De facto a teoria da evolução 'evoluiu' mesmo muito - apesar dos criacionistas continuarem a fundamentar os seus argumentos na refutação de pressupostos que não correspondem ao pensamento evolucionista contemporâneo.
Referencias:
Spieth, Philip T. (Associate Professor of Genetics, University of
California ,
Berkeley )
- Zygon, vol.22, no. 2 (June 1987) (Review: "Evolution — A Theory in Crisis") .
Evolution – The Extended Synthesis, edited by Massimo Pigliucci & Gerd B. Muller, MIT Press (2010) (Parte I).
Citation: Carroll SB (2005) Evolution at Two Levels: On Genes and Form. PLoS Biol 3(7): e245.
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