segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Evolução vs probabilidades ?



Entendo que a probabilidade de termos sido gerados e termos evoluido ao acaso seja praticamente nula, mas relativamente ás probabilidades, estas também determinam praticamente impossível a selecção aleatória de um planeta com vida (seja de que modo for - seja por geração espontanea, seja por design inteligente) e ainda assim aqui estamos.

As estatísticas mencionadas foram feitas a partir da premissa de que a evolução por selecção natural é fruto do acaso, como o próprio carl sagan – quem efectuou cálculos probabilísticos dessa natureza, afirma na sua obra "Cosmic connection: an E.T. perspective". Esta premissa é falsa.

A selecção natural não é aleatória, não por ser guiada por algo divino, mas sim pela sua própria natureza, pois as pressões selectivas do meio são bastante específicas e funcionam consoante os genes da população. Existe ainda a separação por barreiras geográficas de determinados conjuntos de individuos, em parte responsáveis pela especiação.

Sobre improbabilidade de uma molécula funcional de DNA se formar, tem-se de novo o mesmo problema: probabilidades dessa natureza são calculadas a partir da premissa de que todos esses processos naturais (não só a selecção natural) são exclusivamente aleatórios mas a reactividade de determinados compostos, bem como a geometria das moléculas, pressões do meio externo, tudo isso não é aleatório. Nem todos os processos naturais são aleatórios. Há melhor exemplo disso que a selecção natural? Não há nada de controverso relativamente ás probabilidades na Teoria Sintética da Evolução.

Em relação á problemática das condições do universo aparentarem especificidade para a existência de vida: é mais correcto pensar que existe vida porque as condições são estas - fruto de processos naturais aleatórios e não aleatórios - e não que as condições têm o objectivo de gerar vida; na natureza não há propósito e não há designer, há design inteligente unica e exclusivamente aparente. Até a ciência - e não a filosofia ou a religião - demonstrar que existe um designer inteligente, que projectou tudo o que existe directa ou indirectamente(e como o fez), tanto a hipótese do D.I. como o criacionismo são inconsistentes, não passando de uma mera hipótese (no caso do D.I.) e de religião (no caso do criacionismo - seja de que tipo for).

Quanto ao facto do universo sem vida ser mais provável do que com vida, isto seria verdade se todos os processos naturais fossem aleatórios, sendo de salientar - de novo - que determinados processos físico-químicos naturais não podem ser considerados aleatórios e desse modo não é possível determinar qual a probabilidade de haver vida e de termos evoluido, pois para esses calculos teriam que ser considerados particularmente todos os processos naturais aleatórios e não aleatórios que ocorreram desde o principio de tudo, alguns dos quais são conhecidos, mas muitos permanecem uma incógnita.

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