As nossas células, e as células de todos os organismos,
são compostas por máquinas moleculares. Estas máquinas são constituídas por
componentes, cada um dos quais contribuindo com uma função parcial ou elemento
estrutural para a máquina. Como são sofisticadas, o motivo dessas máquinas
multi-componentes pelo qual teriam evoluído tem sido algo misterioso, e
extremamente controversa.
A pesquisa do Dr. Lithgow mostra que essas máquinas,
complexas foram resultado da Evolução. Máquinas de ‘núcleos simples’ foram estabelecidas
nos primeiros eucariontes, aproveitando pré-proteínas existentes, que tinham
previamente desempenhado funções simples e distintas. Por isso, estas servem de
prova que a Teoria da Evolução realmente modelou tudo isso.
A pesquisa centrou-se numa máquina molecular específica,
o complexo da TIM, sistema que transporta as proteínas para dentro da
mitocôndria. Caso vocês tenham esquecido o Ensino Médio (ou mesmo o as noções
de citologia no Ensino Fundamental, as mitocôndrias são as responsáveis
pela produção de energia das nossas células. Curiosamente, as mitocôndrias
possuem seu próprio DNA, já que há muito, muito tempo, elas eram bactérias que
entraram em endossimbiose com as primeiras células eucariotas.
As bactérias não possuem complexos TIM, em contrapartida
de suas “primas” mitocôndrias possuem.
O grupo estudou a bactéria Caulobacter crescentus e foram descobertas proteínas bacterianas relacionadas
com os componentes do complexo TIM mitocondrial (homologia). Em seguida, os
pesquisadores demonstraram que essas proteínas bacterianas não são encontradas
como parte das máquinas de transporte de proteínas. Relativamente poucas
mutações seriam necessárias para que estas passassem a desempenhar tais funções.
The
reducible complexity of a mitochondrial
molecular
machine
Abigail
Clementsa,1, Dejan Bursaca,b,1, Xenia Gatsosb, Andrew J. Perrya, Srgjan
Civciristova,b, Nermin Celika,
Vladimir A. Likicc, Sebastian
Poggiod, Christine Jacobs-Wagnerd,e, Richard A. Strugnellf, and Trevor
Lithgowa,2 - PNAS _
September 15, 2009 _ vol. 106 _ no. 37 _ 15791–15795
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