sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Evolução: Duplicação Genética e Mutações Potencialmente Benéficas

Michael Behe, parece insistir nas falhas da perspectiva darwinista no seu estudo ‘Simulating evolution by gene duplication of protein features that require multiple amino acid residues’. No entanto, os resultados foram, de um modo geral os seguintes:

“The process we envision for the production of a multiresidue (MR) feature is illustrated in Figure 1, where a duplicate gene coding for a protein is represented as an array of squares that stand for nucleotide positions. A gene coding for a duplicate, redundant protein would contain many nucleotides. The majority of nonneutral point mutations to the gene will yield a null allele (again, by which we mean a gene coding for a nonfunctional protein) because most mutations that alter the amino acid sequence of a protein effectively eliminate function. However, if several point mutations accumulate at specific nucleotide positions in the gene coding for the protein before a null mutation occurs elsewhere in the gene, then several amino acid residues will have been altered and the new selectable MR feature will have been successfully built in the protein.”
Na realidade, o que observamos no nosso genoma é que houve genes que perderam a sua função.

É conhecido que após a duplicação um gene pode passar por uma fase de desfuncionalização (em que pode ser silenciado) e refuncionalização. Estes processos podem ocorrer naturalmente, tanto as duplicações, como mutações potencialmente benéficas (ou conjuntos de mutações) - um estudo de 2012 sobre mutações benéficas no vírus H1N1, que é um fenómeno monitorzado que ocorre á escala da vida humana (tal como o fenómeno da resistencia aos antibióticos), relata o aparecimento de novas variantes do vírus a partir de mutações que conferem resistencia a anti-virais. Verificou-se também uma acumulação de mutações que em conjunto potenciam multi-resistência


É claro que isto remete para o facto de a evolução natural não estar em vias de ser descartada devido a esse estudo, nem o facto da duplicação contribuir para a evolução. 

E mais: Michael Behe nem se atreveu a sugeri-lo, pois tal ideia vai contra (praticamente) todos estudos que passaram por revisão de pares e se este a expusesse o trabalho nunca passaria numa por revisão de cientistas imparciais.  

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