segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Evolução: Especiação do Salmão em 60 anos

Um estudo divulgado em outubro do ano passado (ano 2000) apresentou evidências de que uma espécie de salmão chegou ao isolamento reprodutivo em cerca de 60 anos. Durante a década de 1930, esse peixe foi introduzido em um hábitat de água doce no noroeste dos Estados Unidos. Hoje em dia, os peixes de uma população dificilmente se reproduzem com os da outra e, caso isso ocorra, os descendentes têm poucas hipóteses de sobreviver.





Andrew Hendry, da Universidade de Massachusetts, em Amherst, estes resultados "deveriam servir-nos para repensarmos a importância da selecção natural e da adaptação na origem de novas espécies e, portanto, na promoção da diversidade biológica", "Evoluções rápidas deste tipo estavam já documentadas para outros organismos", disse o investigador americano, sublinhando que "a diferença do nosso estudo é que podemos demonstrar que estas diferenças resultam do isolamento reprodutivo"






(in Diário de Notícias, 23 de Outubro de 2000)

Ainda que as 2 espécies não tenham ainda sido reclassificadas taxonomicamente, a barreira reprodutiva traduz-se numa diferenciação de uma espécie numa  outra espécie. Estas modificações podem ser vistas como uma macro-transição, enquanto que o exemplo apresentado no texto " Evolução: Recente Divergencia e Especiação do Salmão" trata-se de uma micro-transição que pode levar a uma macro-transição, sendo de notar que o tempo que as populações demoraram a atingir o grau de divergencia actual no caso da micro-transição (500 anos) é muito superior ao tempo que as 2 populações (espécies) reprodutivamente isoladas demoraram para atingirem o estado de diferenciação actual.

Mais um recado para os criacionistas que lerem isto: criacionistas, a macro-evolução natural é um facto.  
  

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