Os
aminoácidos e os açúcares são constituintes básicos dos seres vivos.
Aminoácidos, açucares e nucleótidos já foram produzidos em laboratório em condições semelhantes ás pre-bióticas, bem como a síntese de pequenas moleculas de RNA a partir de e cadeias peptidicas (utilizando catalizadores minerais), mas sempre com uma mistura de formas L e D.
Aminoácidos, açucares e nucleótidos já foram produzidos em laboratório em condições semelhantes ás pre-bióticas, bem como a síntese de pequenas moleculas de RNA a partir de e cadeias peptidicas (utilizando catalizadores minerais), mas sempre com uma mistura de formas L e D.
Quando
olhamos para o organismo humano (e para o de qualquer ser vivo), todos os
aminoácidos são L, não temos nenhum D. Daí analisamos os açúcares, que também
deveriam ter L e D, mas todos são D e nenhum L. No entanto deveríamos sempre
encontrar uma mistura dos dois. Não existe (ou não existia) nenhuma explicação
lógica, científica para que se privilegiasse uma dessas formas. Como explicar
essa separação do D para os aminoácidos e do L para os açúcares na formação de
seres vivos?
A sua
separação na superfície de cristais foi uma proposta científica que
experimentou alguma aceitação. No entanto os cientistas procuram uma explicação
mais satisfatória.
A espectrometria de massas é uma técnica de análise instrumental em que se visualiza com precisão o universo molecular. Foi por meio desta que as equipas de Marcos Eberlin (Unicamp - Brasi) e de Robert Cooks (Universidade de Purdue –EUA) realizaram experiências com vários tipos de aminoácidos, nas quais detectaram algo inédito: Perceberam que os L e D se agrupavam naturalmente: os D de um lado, formando uma estrutura cilíndrica, e os L para outro, formando outra estrutura cilíndrica.
O
comentário do Dr. Eberlin: “Foi bastante interessante, pois nunca se pensou que
esse processo de separação pudesse ocorrer naturalmente". A propósito
deste comentário, devo remeter para o facto deste cientista negar a evolução e
a abiogénese, preferindo acreditar que fomos criados por deus a partir do
barro, mas não em duendes (bastante contraditório). Nunca se pensou? Ainda
antes de saber que isto já tinha sido observado eu já pensava nessa possibilidade,
porque sei que tudo tem uma explicação natural, portanto, leia-se: ele não,
porque antes pensava que tinha sido deus a separá-los enquanto nos ia
esculpindo em barro. Já estou a ver que não são precisos os teóricos da
evolução para refutar os criacionistas – eles encarregam-se de dizer o
disparate e depois de o refutar.
O
professor Eberlin descobre como os processos que nos deram origem ocorrem
naturalmente, mas continua a ser criacionista. Lindo…
De
qualquer modo, mais uma vitória para a ciência (naturalista por definição).
Referências:
"A assinatura química de deus" (Jornal da
Unicamp). Disponível em:
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